2018 mais otimista para CEOs, FMI e empresários brasileiros

2018 mais otimista – Ano novo, vida nova. A cada entrada, enchem-se as esperanças de um futuro mais próspero.
Das inúmeras promessas (por muitas vezes furadas) de ano novo à realidade concreta, 2018 apresenta-se como um
ano promissor. Pelo menos é o que diz a mais recente pesquisa da PWC (PricewaterhouseCoopers) com líderes de
empresas globais. O levantamento, realizado através de 1293 entrevistas com CEOs (Chief Executive Officer) de
85 países distintos ao redor do mundo, apresenta uma tendência de otimismo em relação ao crescimento econômico
dos próximos 12 meses. Para 57% dos respondentes, o ano de 2018 será marcado por melhora no PIB (Produto Interno
Bruto) global, conforme “Figura 1”. É o maior salto de otimismo desde o início da pesquisa, em 2012. Dentre as
regiões pesquisadas, destaque para o maior otimismo encontrado entre os executivos da América Latina e para a maior
taxa de otimismo, em relação ao viés neutro, observada na América do Norte, como pode-se verificar na “Figura 2”.
Mais do que isso, desde o início da inserção desta pergunta na pesquisa, é o primeiro ano em que a maioria dos CEOs
acredita que a economia crescerá.

A questão da expectativa é central na economia, seja para os formuladores das políticas nos bancos centrais,
seja para os consumidores em geral, tendo em vista o efeito multiplicador nas decisões das empresas na microeconomia,
via aumento do emprego e expansão de renda.

Futuro mais próspero?

Para um futuro mais próspero, nada melhor que um presente glorioso. Mais do que isso, um passado recente favorável
contribui muito: cerca de 120 economias, equivalentes a 75% do PIB mundial, relataram crescimento em 2017, o que significa
o maior crescimento global simultâneo desde 2010.

Na mesma toada crescente de otimismo ao redor do mundo, o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou sua perspectiva
de crescimento para 2018 e 2019 para 3,9%. Esta diferença é 0,2 ponto percentual superior à última estimativa. No caso
do Brasil, a instituição supranacional prevê avanço de 1,9% do PIB em 2018, 40 pontos-base acima da projeção anterior.
Para 2019, o crescimento previsto é de 2,1% (0,1 ponto percentual superior à estimativa de outubro). O maior otimismo
do FMI deve-se, segundo o relatório WEO (World Economic Outlook), a melhora no momentum de crescimento global e os impactos
estendidos da recém-aprovada reforma tributária nos EUA. De acordo com a instituição, as mudanças na tributação dos EUA
devem estimular a atividade econômica, elevando investimentos. Aqui no Brasil, índices de confiança reforçam a tendência
de recuperação e otimismo, mesmo em ano eleitoral e turbulência em relação à aprovação das reformas. Prévia do ICI
(Índice de Confiança da Indústria), elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), apresentou aumento de 0,5 ponto percentual
na passagem de dezembro para janeiro, atingindo 99,9 pontos. Se confirmado, o indicador atingirá o nível mais alto
desde setembro de 2013, com sete altas consecutivas. Por sua vez, o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio)
apresentou crescimento de 15% em janeiro na comparação anual, atingindo 110,1 pontos. Reforçando o otimismo, o índice de
confiança do consumidor da Thomson Reuters/Ipsos mostrou variação positiva de 4,5 pontos percentuais, chegando a 45,6 pontos
maior patamar desde fevereiro de 2015, quando o indicador chegou a 45,8 pontos. Internamente, alguns fatores podem explicar
a tendência de otimismo, como o recuo da Selic, a trajetória mais favorável da inflação e a inflexão no mercado de trabalho.

Fevereiro de 2015, quando o indicador chegou a 45,8 pontos. Internamente, alguns fatores podem explicar a tendência de otimismo,
como o recuo da Selic, a trajetória mais favorável da inflação e a inflexão no mercado de trabalho. Ainda sobre o País, mas em
Davos, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles tratou de elevar o otimismo em relação a economia brasileira. A projeção da
equipe do governo para o IED (Investimento Estrangeiro Direto) em 2018 é de US$ 80 bilhões, acima dos US$ 75 bilhões vistos em 2017.
O ministro ainda destacou as contas externas e o CDS (Credit Default Swap) do Brasil como fatores de confiança e solidez da
recuperação brasileira, mesmo no provável caso de elevação da Fed Funds Rate nos EUA, o que direcionaria investimentos para
a economia norte-americana e reduziria a propensão ao risco dos investidores internacionais.

Pesquisa da PwC

Voltando para a pesquisa da PwC, em relação aos motivos pelos quais os CEOs perdem o sono durante a noite na América Latina,
o resultado é polêmico. Para 55% dos entrevistados na região, o populismo é o fator mais preocupante em 2018 para sua organização.
Em segundo lugar, falta de infraestrutura básica (48%), seguido de aumento de impostos (48%). A instabilidade social permanentemente
aparece entre as 10 maiores preocupações dos CEOs. Em adição, cabe destacar o detalhamento da amostra da pesquisa. 40% das empresas
possuem receitas anuais superiores a US$ 1 bilhão; 35% das empresas tem receitas entre US$ 100 milhões e US$ 1 bilhão; e 20% das
companhias até US$ 100 milhões.

Se o ano passado será melhor que 2018, somente os dados concretos confirmarão ao longo do ano. No entanto, se depender do clima
de otimismo – global ou local, 2018 tem tudo para ser um ano de retomada da atividade econômica no Brasil.

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